Eu tenho uma cicatriz no meio da testa me alertando a não pegar estrada de terra durante o temporal.
Outra no braço me diz pra não dançar perto de quem está segurando um cigarro aceso.
Tenho uma cicatriz no joelho que atesta : Nessa vida, mesmo seus irmãos vão querer te derrubar, nem que seja de brincadeira.
Meu avô costumava dizer que a parte do corpo que apanha muito fica mais forte. Uma vez fui fazer massagem no ombro dele e ele pediu pra eu forçar o cotovelo em suas saboneteiras. Massagem não é carinho. Lembro também que um dia ele tentou andar com meus rollerblades pois quando era jovem, patinava nos lagos congelados do Japão. Beirava os 90 anos e quase caiu, mas não caiu. Ele minimizava a dor física. Coisa de samurai.
Cicatrizes não são apenas lembranças do que nosso corpo sofreu, são também provas incontestáveis de que sobrevivemos.
Belíssimo, Andrea!
Concordo com vc.
Bjos na alma!
oi. entrei aqui por causa do encontro de vcs no jardim meio hectare ( q ainda vou conhecer) e achei esse texto lindo !! parabens pelo seu blog, otima pascoa andrea. L